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Não escolha a vacina. Escolha tomar vacina!

Não escolha a vacina. Escolha tomar vacina!

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Na batalha contra o novo coronavírus (Covid-19), todos precisamos estar do mesmo lado: o da vida. Com o Brasil chorando a morte de 563.707 pessoas por causa da doença, a urgência do momento pede bom senso. Em vez de escolher a vacina que gostaria de tomar, escolha tomar a vacina. Qualquer uma. Nada de preferir entre laboratório A ou B.

No Ceará, mais de 23 mil mortes por Covid-19 foram contabilizadas desde o início da pandemia, em março do ano passado, de acordo com o Governo do Estado. Um número que pode aumentar ainda mais, caso o processo de imunização não seja levado a sério pela população. Até o momento, o estado aplicou 5,8 milhões de doses dos quatro imunobiológicos disponíveis no país.

“Nos parece que a escolha da vacina tem sido adotada por pessoas sem a devida compreensão da necessidade da vacinação em massa e com base em interpretações equivocadas de informações sobre eficácia e diminuição de anticorpos com o passar do tempo. Ao deixar de se vacinar, as pessoas continuam se expondo à contaminação e à morte. Ou seja: terminam por escolher o risco de se sujeitarem à doença, o que nos parece ser imprudente”, avalia o defensor público Sérgio Luis de Holanda.

Importante frisar que todas as vacinas antiCovid disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passam por diversas fases de ensaios clínicos antes de serem aplicadas em massa. Cada imunizante cumpre critérios científicos definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tendo em vista garantir a segurança e a eficácia contra o vírus. Sendo assim, o foco agora precisa estar em expandir a cobertura vacinal no Brasil, para que todos, todas e todes em breve tenham tomado todas as doses necessárias à imunização (duas, no caso da Coronavac, AstraZeneca e Pfizer; uma, no caso da Janssen).

A conscientização é necessária porque salvar vidas é também uma responsabilidade coletiva. Então, escolher vacinar-se, independente de qual imunizante será aplicado na sua vez, é optar pela sua vida e pela vida do outro, de quem você ama, igualmente. “Ver as pessoas escolhendo vacina é algo muito ruim e muito triste. É mais uma forma para mostrar o quanto estamos despreparados. Nós não estamos diante de uma situação de crendice e sim de ciência. E todas as vacinas, sem exceção, têm eficácia comprovada. Elas não vão matar nem transformar ninguém. Todas trazem a certeza de menores riscos de complicação”, afirma o defensor público Fernando Regis Freitas.

Hoje, o Brasil tem 46,1 milhões de pessoas com o ciclo vacinal completo contra Covid-19. Isso representa 21,79% da população. Enquanto isso, 107,9 milhões de habitantes estão parcialmente imunizados com a primeira dose, o equivalente a 50,98% da população geral, segundo o Ministério da Saúde.

Apresentam-se pouquíssimas exceções à regra quando se trata de qual vacina tomar. Em geral, são pessoas que não podem tomar um imunizante em específico por questões específicas de problemas de saúde. Afora essas situações, o mais importante é a velocidade do processo de vacinação. Ou seja: quanto mais pessoas estiverem imunes ao vírus, menores serão as chances de novos casos e mortes surgirem.

Outro problema que pode atrapalhar a campanha de vacinação no país é a onda de desinformação e fake news que circula nas redes sociais. Parte das pessoas que resistem ou até mesmo recusam a imunização creem em informações falsas sobre o combate à Covid-19. 

Uma das fake news mais divulgadas nas redes é a de que “ingerir bebida com alta concentração de álcool pode desinfectar o corpo e matar o vírus”. O defensor público Victor Montenegro alerta que notícias falsas podem ocasionar consequências fatais.

“Conheço pessoas que não se vacinaram devido às notícias falsas. Pessoas, inclusive, que sempre tiveram acesso à educação formal mas desconhecem pressupostos básicos do método científico. Alguns dizem que já estariam imunizadas por já terem tido Covid. Outras por serem atletas ou por acreditarem que a vacina fará mal. Seguidores do atual presidente seguem seu exemplo anti-científico não usando máscaras nem vacinando, mas tomando remédios, sob um falso argumento, de que teriam efeito preventivo. Vacina salva vidas. Notícias falsas matam”, pontua Montenegro.

A Defensoria Pública, como componente do Pacto Contra o Coronavírus, em conjunto com outras instituições cearenses, vem trabalhando constantemente em ações que buscam conscientizar a população de que a pandemia ainda não chegou ao fim. São esforços que visam diminuir o impacto provocado pelo alastramento do vírus no país e na vida de todos, todas e todes.

 

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