
Defensoria participa da II Caravana à Rede de Cozinhas Comunitárias do Grande Bom Jardim
A Defensoria Pública do Ceará (DPCE) participou nesta segunda-feira (7/8) da II Caravana da Rede de Cozinhas Comunitárias do Grande Bom Jardim, em Fortaleza. Proposta pelo Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS), equipamento do bairro no qual funciona um núcleo de atendimentos da DPCE, a atividade integra um projeto de fortalecimento desses espaços de produção de refeições a famílias da região.
Com a Caravana, representantes de diversas instituições conheceram as instalações de seis das 24 cozinhas componentes da Rede e como elas funcionam. “Apesar da imensa importância desses projetos, que muitas vezes são a principal fonte alimentar de muitas das pessoas atendidas, tudo acontece basicamente com o apoio de doações, que é sempre algo muito instável, e em ambientes precários. Essas estruturas precisam de apoio”, avalia a assessora de Relacionamento Institucional da DPCE, defensora Lia Felismino, que participou do momento.
As visitas tiveram como objetivo o monitoramento de demandas e a exigibilidade de políticas públicas. Por isso, a Caravana esteve em cozinhas de cinco bairros diferentes do Grande Bom Jardim: Granja Portugal (2), Granja Lisboa (1), Siqueira (1), Canindezinho (1) e o próprio Bom Jardim (1). Além da DPCE, representantes da Assembleia Legislativa (Alece), Ministério Público do Trabalho (MPT), Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), Prefeitura de Fortaleza e outras instituições acompanharam o trajeto.
A Rede de Cozinhas reivindica: a criação de leis específicas de fomento às cozinhas comunitárias em nível municipal e estadual; o estabelecimento de certificações para os equipamentos; a melhoria das estruturas desses espaços; uma política municipal de enfrentamento emergencial à fome e de segurança alimentar e nutricional, dentre outras pautas.
Com o lançamento em junho deste ano, pelo Governo do Estado, do Pacto por um Ceará sem Fome, há expectativa por parte dos produtores de que os equipamentos já existentes nas comunidades sejam fortalecidos para, assim, beneficiar cada vez mais pessoas. Essa, inclusive, é uma das premissas do programa do Executivo.
“É uma ideia genial fortalecer, financeiramente mesmo, mas com logística e capacitações também, as cozinhas comunitárias porque você não parte do zero e já alcança, de imediato, centenas de milhares de pessoas. Nós voltamos a ser um país que figura no mapa da fome e esse tipo de iniciativa se torna ainda mais necessária por conta disso”, acrescenta Lia Felismino.