
Primeiro defensor indígena do Ceará participa da 28º Assembleia Estadual dos Povos Indígenas do Ceará
TEXTO: TARSILA SAUNDERS, ESTAGIÁRIA DE JORNALISMO SOB SUPERVISÃO
ILUSTRAÇÃO: VALDIR MARTE
FOTO: DIVULGAÇÃO
Comprometida com a responsabilidade socioambiental e inovação, a Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) está sendo representada por Francisco Júnior Pankará na 28ª Assembleia Estadual dos Povos Indígenas. O evento, que acontece de 22 a 26 de julho, nas terras do povo Kariri, no Crato, sul do Ceará, discute demandas e estratégias para os desafios enfrentados pelos povos indígenas, promovendo a tomada de decisões coletivas.
Com o tema “Construindo a luta na unidade e coletividade”, o Seminário termina nesta sexta-feira e reforça a importância da unidade e da coletividade na luta pelos direitos dos povos indígenas. A Assembleia Estadual é um dos principais fóruns de decisão para o movimento indígena . Francisco Júnior Pankará, o primeiro defensor público indígena do Estado, realizou escuta qualificada e direcionada com essa população, além de prestar atendimentos defensoriais às necessidades da comunidade.
“A participação da Defensoria Pública é fundamental para fortalecer nosso compromisso com a justiça social e a igualdade de direitos. Estar aqui significa mergulhar nas realidades e lutas desses povos e compreender suas necessidades. A partir dessas escutas, podemos formular e promover propostas eficientes que realmente façam a diferença na vida dessas comunidades, garantindo a preservação de direitos e o reconhecimento de suas ricas culturas e tradições”, explica.
Ele participou ainda de uma mesa e das reuniões que trataram de políticas educacionais para professores indígenas, da consolidação da Secretaria Estadual dos Povos Indígenas e das lutas territoriais no Estado. O evento conta também com a participação de líderes de várias organizações indígenas do Ceará.

Representatividade – O defensor Francisco Júnior Pankará é o primeiro defensor público indígena do estado do Ceará, fruto de uma política de cotas que proporciona ainda uma maior diversidade e pluralidade aos membros efetivos da Defensoria. Originário de família com dificuldades financeiras, ele sempre enxergou o estudo como a chave para a melhoria de vida.
Pankará ressaltou que entender a relevância de necessidades específicas dessas comunidades representa o compromisso da Defensoria em ampliar e oferecer um serviço de mais qualidade. “Ser o primeiro defensor público indígena do Estado do Ceará é gratificante e uma grande responsabilidade. Ser assistido por um parente indígena muda a perspectiva e facilita a compreensão das dinâmicas e necessidades da comunidade. Espero ser o primeiro de muitos”, conclui o profissional.