Comitê Internacional da Cruz Vermelha dará suporte financeiro a 15 famílias assistidas pela Rede Acolhe
Por conta a situação de extrema vulnerabilidade em que se encontram 15 famílias que estão assistidas pela Rede Acolhe, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) dará um suporte financeiro que varia entre R$ 250 e R$ 400 reais (a depender da quantidade de membros da família) durante um período de 90 dias. A medida é emergencial e atende a uma solicitação do programa da Defensoria que atua na assistência aos familiares das vítimas de crimes violentos letais intencionais (CVLI) ou vítimas de tentativa de homicídio.
O recorte das famílias foi elaborado com base em estudos psicossociais e pretende que as mesmas não passem por privação alimentar, já que se encontram em situação de vulnerabilidade agravada por conta da pandemia do novo coronavírus. A defensora pública Lara Teles ressalta ainda que, em momentos como esse, a Defensoria Pública reforça o seu compromisso social pela garantia dos direitos básicos da população assistida. “Conseguimos articular, junto ao Comitê, e teremos inicialmente 54 pessoas com este suporte alimentar, já que essas pessoas já estão entre as mais fragilizadas por terem sido vítimas de deslocamento urbano em razão da violência armada ou mesmo por terem perdidos parentes para a violência urbana. Continuaremos as tratativas para ampliarmos para mais famílias acompanhadas pela Rede Acolhe que também necessitam”, destaca a defensora Lara Teles. “É imprescindível buscar formas de amparar essas pessoas na sua necessidade mais básica que é a sobrevivência”, pontua.
No ano passado, a Defensoria Pública do Estado do Ceará e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) assinaram um termo de cooperação técnico institucional com o objetivo de prevenir e reduzir as consequências humanitárias relacionadas à violência urbana em Fortaleza e possibilitar que a população de bairros mais vulneráveis consiga ter acesso aos serviços públicos essenciais. “Essa parceria com o CICV fortalece o serviço de assistência humanitária às pessoas”, pontua a defensora. O Rede Acolhe já atendeu 246 famílias, desde o início do funcionamento, em julho de 2017.
Para o assessor do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Johan Cabrera, o trabalho desenvolvido em parceria com a Rede Acolhe busca amenizar as condições precárias de famílias que são vítimas da violência, especialmente as vítimas de deslocamento forçado. “Em 2019 firmamos um Termo de Cooperação com Defensoria Pública justamente para fortalecer esse alcance. Na situação atual de vulnerabilidade extrema, as pessoas que já vivem em condições difíceis precisam deste apoio e articulamos um pequeno suporte econômico por um período de três meses, a fim de auxiliar na manutenção das necessidades básicas dessas famílias, aliviar um pouco a luta. Somos gratos por essa parceria, pelas iniciativas e agilidade do programa em buscar respostas. É uma missão da Defensoria e nossa também: lutar por vidas e mitigar os efeitos da violência“, frisa.
Atendimentos remotos – A Defensoria Pública do Estado encontra-se em regime de teletrabalho pela necessidade do cumprimento de medidas preventivas para o controle da disseminação do novo coronavírus (Covid-19). Para ter acesso a Rede Acolhe, esta sendo disponibilizados os telefones: (85) 98895 – 5723, bem como o e-mail: redeacolhe@defensoria.ce.def.br. O atendimento é de segunda a sexta, das 8h às 17h.



