
DPCE realiza campanha interna “Mães plurais” para celebrar a beleza diversa do maternar
Não! Mãe não é tudo igual. Aquele velho jargão que dizia exatamente o contrário não casa com a diversidade de rotinas, de cenários e formas de exercer o maternar. Dentro de cada espaço da Defensoria Pública do Estado do Ceará, mulheres representam trajetórias singulares e únicas da maternidade.
Pensando nisso, a campanha institucional “Mães plurais: Celebrando a beleza da diversidade do maternar” trouxe a narrativa de seis mulheres que compartilham um pouco de como é ser mãe. São mães solo, mães que deram à luz recentemente, mães de filhos atípicos, mães gestoras. Também as avós, que são mães duas vezes e as que estão na expectativa de conhecer o filho que mora na barriga. São muitas faces de uma missão que não cessa – ser mãe!
Para a defensora pública geral, Sâmia Farias, as mães são detentoras de uma fortaleza dentro de si. “Cada mãe traz consigo uma história. Uma pluralidade de realidades e versões alicerçadas na força. A nossa instituição, que é em sua maioria feminina, se reverte nessas mulheres valentes, corajosas, que se superam todos os dias. E por isso, é muito necessário trazer algumas delas aqui, em representação das demais, para celebrar essa data simbólica que fortalece a importância das mães”, pontuou.
Essa mulheres são só uma das múltiplas vertentes do caminho desafiador da maternidade e representam tantas outras que compõem o quadro da DPCE e dedicam seu tempo, seus talentos e competências também para cuidar e esperançar um futuro de filhos e filhas, netos e netas, melhor para o planeta!
Sâmia Farias, defensora pública geral
mãe do Davi e Luis
A defensora pública geral Sâmia Farias é mãe de dois meninos e concilia a maternidade com o árduo trabalho de estar à frente da DPCE.
“Minha irmã brinca que temos uma família reconstituída. Meus pais se separaram muito cedo, eu tinha seis anos de idade e nós fomos criadas pela minha mãe, juntas, quatro mulheres. Vim dessa casa basicamente feminina e hoje eu vivencio o oposto, sou a única mulher da minha casa. Então, procuro educar com sensibilidade, educar diariamente para que se tenha o respeito mútuo, para que os meninos cresçam e respeitem os espaços que as mulheres podem ocupar e que eles entendam que é possível que uma mulher seja mãe, dona de casa, seja gestora ou o que ela quiser. As mulheres podem e devem ter e ocupar locais de destaque, locais de liderança. Entendo que sou melhor líder porque eles existem. A oportunidade de ser mãe vem e me melhora, porque realmente existe uma Sâmia antes do Davi e do Luís e uma depois. É em casa que a gente aprende que tem que acolher. E essa vivência faz com que você, o seu relacionamento, inclusive com a sua equipe de trabalho, seja mais acolhedor. Aqui na gestão também tem aquela responsabilidade de plantar um mundo melhor para que os meus filhos colham lá na frente os frutos. É aliar amor e liderança”, enfatizou.
Maria Lúcia Bessa da Silva, colaboradora do Gabinete
mãe da Ana Sara e Ana Beatriz
Lúcia foi mãe da primeira filha aos 27 anos. Após 14 anos foi mãe pela segunda vez, já aos 41 anos. Hoje ela exerce a maternidade como mãe solo e divide o relato de lutas, desafios e superação.
“Lutar pelas minhas filhas é a melhor coisa da minha vida. Ser mãe solo é uma jornada muito difícil que tive que enfrentar, que buscar conhecimento para enfrentar os altos e baixos, mas também pedi a Deus para ter forças e descobrir essa força interior que eu nunca tive, a capacidade de lidar com desafios. Criar minhas duas filhas e educar é um desafio muito grande e uma coisa que eu amei e até hoje eu tô aqui batalhando. Para mim ser mãe é um processo de autoconhecimento e de descobrimento de uma força inexplicável. Comecei a trabalhar ainda criança, lavar louça e cuidar de uma outra criança. Então, sempre falo para elas que não queiram passar pelo o que eu passei. Recebi amor e agora eu estou passando para minhas filhas. Mãe, acredite em você! Você vai conseguir”, reforçou.
Sandra Dond Ferreira, defensora pública e corregedora geral
mãe da Ana Catarina, Hélios Júnior e Leonardo e avó do Thiago, Hélios Neto, Natália, Antônio Luiz Laura
“O papel de mãe é papel sublime. Hoje eu me tornei mãe da minha mãe, que ela já está velhinha, com 94 anos e tenho prazer de ter meus filhos e meus netos. Me sinto muito feliz de ser mãe, vamos dizer assim, triplamente mãe! Mãe, por ser a essência da maternidade, mãe dos meus filhos, mãe dos meus netos e mãe da minha mãe hoje”.
Deborah Duarte Pontes, colaboradora da Assessoria de Comunicação
mãe do Pedro Henrique e da Maria Cecília
Deborah Duarte é jornalista da Defensoria Pública e mãe de dois filhos,um adolescente de 15 anos e uma pequena de 9 anos. Recentemente, Deborah descobriu que Cecília é autista nível 1 de suporte. Desde então um novo percalço se iniciou. Uma travessia de desafio e aprendizados regados com muito amor.
“A primeira coisa que eu pensei foi porque eu não tinha percebido isso antes. Fiquei uns 15 dias nesse luto, por não ter percebido, olhado, prestado atenção. Como ela é o nível 1 não apresentou, nos primeiros anos de vida, as características mais estereotipadas e a gente não conseguia perceber alterações no desenvolvimento. Após os acompanhamentos, com a certeza do diagnósticos tudo mudou dentro de casa. A minha relação com ela mudou, com meu filho mais velho, porque é um menino de 15 anos, um homem em formação, então preciso trazê-lo para um outro contexto que tem empatia, amor e respeito. A Cecília sempre foi um mundo de diversão, alegria, felicidade, amor, companheirismo e amizade. A gente precisa tá perto para oferecer com todo amor do mundo o suporte que a gente é capaz e lutar pelos direitos que ela tem, seja na escola, com as questões das terapias, do plano de saúde, enfim, e isso vem uma carga, um desgaste emocional, físico enorme. Mas eu tenho a certeza que é tudo por amor! Não é fácil mesmo, mas a gente tá junto para trilhar esse novo caminho. Ser mãe dos meus filhos é a melhor coisa do mundo! Eles são pessoas extraordinárias, o Pedro e a Maria, eles se completam e me tornam uma pessoa melhor todos os dias”.
Juliana de Azevedo Neri, defensora pública que atua em Cascavel
Grávida de 8 meses do Kauan
A defensora pública Juliana Neri é uma mamãe de primeira viagem nas vésperas da chegada do Kauan. Ela está com 8 gestação e já pensa sobre valores, cuidados e como irá conduzir a maternidade. “Gerar uma vida é uma bênção!Depois que a gente se vê grávida passamos a pensar em como vamos querer criar e quais valores vamos querer trazer para essa criança. E penso muito nisso para o Kauan, em quais valores enquanto homem, principalmente em uma sociedade que a gente vive hoje ainda muito machista, estigmatizada, vamos passar para que ele seja digno para quebrar preconceitos e paradigmas. E claro que isso vem muito da criação que eu tive e dos valores que foram passados e quero reproduzir e aperfeiçoar. Desde a gestão eu já etendo que mãe carrega esse amor incondicional, uma força para enfrentar tudo e estar disposta a tudo. Acho que a mãe é tudo para um filho!”, destacou.
Camilla Silva Nascimento, colaboradora do setor de Licitações
mãe da Agatha
“Ser mãe foi sinceramente uma das coisas mais maravilhosas que eu fiz na minha vida. Aproveito cada minuto! É muito importante a gente aproveitar esse tempo com nossos filhos porque passa muito rápido e ao mesmo tempo a gente retornar ao trabalho como seres individuais. Eu quero ser uma mulher forte, ensinar a ela e demonstrar para ela, ser esse exemplo de uma mulher forte, segue, que é capaz de fazer qualquer coisa sozinha. É muito importante isso também, a gente se retomar, porque os filhos não são nossos, são do mundo! Criamos eles para isso e para eles crescerem bem, a gente tem que tá bem também”.