Em alusão ao Outubro Rosa, #NaPausa aborda câncer de mama, um problema mundial de saúde pública
O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama e foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
Em alusão ao movimento, a edição do #NaPausa desta quarta-feira (14) discutiu o câncer de mama como um problema mundial de saúde pública. O debate virtual aconteceu entre a defensora pública Sulamita Alves Teixeira, coordenadora das Defensorias da Capital, e o médico mastologista do Instituto do Câncer do Ceará, Antônio de Pádua. A atividade é fruto de parceria com a Escola Superior da Defensoria Pública do Ceará (ESDP) com a Associação das Defensoras e Defensores do Ceará (Adpec) e visa promover regularmente discussões sobre direitos e cidadania ao vivo pelas redes sociais, apostando no aprimoramento e difusão de conhecimentos durante o período de isolamento social.
Não é difícil encontrar relatos de pessoas que superaram o câncer porque o diagnóstico chegou a tempo. Segundo Antônio de Pádua, o câncer de mama é um problema mundial e não somente do Ceará. “Por ser o tumor mais comum e agressivo que atinge as mulheres, necessitamos desse tipo de campanha a fim de conscientizar a população. Identificar o tumor antes dele se tornar palpável dá às mulheres mais de 90% de chance de cura da doença, assim como previne ações bastante invasivas como a retirada do seio”, citou.
“Estamos acompanhando o crescimento de mulheres que apresentam tumores antes dos 50 anos de idade, por isso que a Sociedade Brasileira de Mastologista orienta que os exames devem acontecer a partir dos 40 anos de idade, mas o alerta que quero deixar aqui é para as pacientes que têm parentes de primeiro grau com câncer de mama, seja a mãe ou irmã, por exemplo, que teve a doença abaixo dos 50 anos. São pacientes de alto risco e devem ser acompanhadas pelo mastologista a partir dos 25 anos de idade”, destacou o médico.
O médico também discutiu acerca dos principais fatores de risco da doença, bem como outras informações sobre procedimentos da mastologia enquanto especialidade médica e as alternativas de prevenção e tratamento hoje existentes. Para ele, entretanto, o tratamento deve ocorrer de modo individualizado, considerando sempre as especificidades de cada paciente.
Para a defensora pública Sulamita Alves Teixeira, as informações apresentadas pelo médico foram fundamentais para esclarecer sobre o assunto. “Apesar de toda a evolução no tratamento, a gente sabe como é difícil receber esse diagnóstico, porque toda a família se abala com uma notícia dessa. É uma doença muito estudada e é fundamental que as mulheres mais vulneráveis do nosso Estado tenham acesso às condições de acesso aos exames preventivos e aos tratamentos adequados. E a Defensoria Pública pode ser uma alternativa para aquelas que dependem do Sistema único de Saúde”, destacou Sulamita.
Em Fortaleza, a Defensoria Pública tem o Núcleo de Defesa da Saúde com o objetivo de atuar judicial e extrajudicialmente na esfera individual e coletiva, na promoção e defesa do direito à saúde, abrangendo qualquer situação em que a negativa ou omissão à prestação de serviço de saúde venha pôr em risco ou agravar o estado de saúde do assistido. No interior, em casos de negativas de acesso a medicamentos, exames ou tratamentos, a população pode recorrer à sede da Defensoria Pública na referida cidade (Confira aqui a lista).
Núcleo de Defesa da Saúde (NUDESA)
Endereço: Rua Auristela Maia Farias, nº 1100 – Bairro Eng. Luciano Cavalcante
Tel.: (85) 3101.3421


