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Escola discute primeiros passos para pesquisa acadêmica em seminário aberto ao público

Escola discute primeiros passos para pesquisa acadêmica em seminário aberto ao público

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“Qualquer evento que fale sobre pesquisa tem um viés de celebração do conhecimento científico”. É assim que a jornalista Eulália Camurça explica o 3º módulo do projeto “Primeiros passos: os fundamentos da pesquisa empírica”. Com tema “Diferenças e complexidades da pesquisa empírica e acadêmica”, o evento ocorre nesta quarta-feira, dia 28, às 15 horas, por meio da plataforma Google Meet. O momento será conduzido pela jornalista Grazielle Albuquerque, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa da Defensoria Pública. O encontro terá ainda a participação de Henrique Botelho Frota, advogado, diretor-executivo do Instituto Pólis e assessor da Plataforma Global pelo Direito à Cidade. As inscrições para o evento estão abertas: basta enviar um e-mail para incricao.escolasuperior@defensoria.ce.def.br.

“A ideia da conversa é exaltar a ciência, no momento em que a gente mais precisa dela, em que ela vem sendo questionada. Eu acredito que tem este papel. É muito para mostrar a importância de encontrar um método que contribua para você chegar a resultados que tenham sentido na vida coletiva. A gente sempre faz ciência com o objetivo de encontrar saídas e respostas para os problemas contemporâneos”, comenta Eulália. 

Grazielle lembra que já houve dois outros encontros sobre o tema neste mês, intitulados  “Problema de pesquisa e elaboração de roteiro” e “Estrutura da pesquisa e exemplos práticos”. “A partir dos encontros, a gente percorre um caminho que mostra o que se pode fazer para estruturar uma pesquisa olhando para uma rotina das práticas judiciais e dos projetos extrajudiciais”, resume. 

“É uma oportunidade de sistematizar o nosso conhecimento e compartilhar este conhecimento para que os defensores que queiram solicitar pesquisas ou fazer pesquisas em parceria com o núcleo tenham uma noção mais clara do que é uma pesquisa, os passos que devem seguir. Para além disto, o público que está na academia ou na atividade do sistema de justiça poderá ver na prática como essa pesquisa é feita”, explica Grazielle. 

Entre as trocas que irão acontecer no workshop, Henrique adianta que vai apresentar casos práticos de pesquisas empíricas na área de conflitos urbanos, no recorte de ações possessórias, realizadas pelo Instituto Polis. “Vou me concentrar na mais recente das pesquisas, que foi publicada neste ano sobre ações possessórias coletivas e seu tratamento pelo poder judiciário, realizada pelo Instituto Pólis com o Insper (instituição  dedicada ao ensino e à pesquisa), fruto de um edital público do Conselho Nacional de Justiça”.

A ideia, comenta Henrique, é  apresentar para a turma como foi a construção do processo metodológico. “É um enfoque metodológico de uma pesquisa empírica de fôlego. Envolveu coleta de dados em diversos tribunais brasileiros, em todas as instâncias. Vamos trabalhar quais foram as técnicas de extração de dados, como tratamos estes dados, que entrevistando atores importantes do sistema de justiça”.